terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Sem doer


Não sei o que foi,
Mas sei que passou.
Não sei porque dói
Nem o que acabou.

O tempo atrás não volta,
Mas as lembranças ficam
E no futuro vês, se houve ou não revolta,
De todas as coisas de que se abdicam.

Vais e vens assim que queres?
Achas que a história se repete?
Por mais parecida que possa ser

De que seja a mesma não esperes.
Anseia que o grande ciclo se complete
E que tudo acabe sem doer.




Ricardo Matos