terça-feira, 23 de abril de 2013

Corre



Está tudo congestionado,
pensamento destruidor.
Anda todo o mundo irado,
desde o pobre ao doutor.

Já está tudo destinado
para o mundo redutor.
Do respeito acabado
à falta de próprio amor.

Tudo perdes do que tens,
sejam amigos ou trabalho,
sejam materiais ou não os bens,
vai tudo para o caralho.

Se tudo tens tudo vales,
vergam-se pescoços até morrer.
Tudo perdes, nada vales
mandam-te todos foder.

Abre os olhos, enfrenta o mundo
não te deixes adormecer
porque se cais vais ao fundo
e é até apodrecer.


Ricardo Matos

segunda-feira, 1 de abril de 2013

Contigo, com Morfeu.



Não sei porque é que eu assim me interrogo,
Se nunca antes eu te tinha visto
Porque é que por ti eu agora rogo
De forma que nunca tinha previsto?

Não sei. Parece sentir que me afogo.
Que sufoco, mas de ti não desisto.
De difícil eu só espero o prólogo
Da história em que eu agora invisto.

Tu és a minha interrogação,
Mas contigo eu abraço Morfeu.
Tu deste a volta a este coração

Que agora só pensa em ser teu.
Pasma-te e descobre lá quem és.
Digo-te que já me tens a teus pés.



Ricardo Matos

PS: Não sabes?