sexta-feira, 13 de janeiro de 2012
Resposta ao 'post' anterior
"Versejas sobre a “Espera”
Por nada estares a fazer.
Mas repara e recupera
O que acabas de escrever.
Porque se voltares a ler
Vês que escreves sobre a vida
Sobre o que é “não saber”!!...
O que toda agente olvida,
E torna tudo engraçado:
Se por causa de um amor,
Tu mesmo hoje soubesses
Que amanhã sofrerias,
Tentavas evitar a dor
E mesmo que tu quisesses,
Já nem esse amor vivias."
Manuel Matos
12-01-2012
Em resposta rápida ao meu filho Ricardo Matos
quarta-feira, 11 de janeiro de 2012
Espera
Porque é que eu nunca sei o que me espera,
No decorrer de toda a minha vida?
Dizem-me que “quem espera desespera”
E eu só vejo um caminho de ida.
O preço de um erro pode ser caro,
Pode acontecer que eu tempo não tenha
Para voltar atrás, momento raro
Numa vida que o homem não desenha.
O que fazer então? Pergunto-me eu…
Hei-de esperar a ver o que acontece?
Mas por isso fazer ele sofreu
Sem que por isso o homem conta desse.
Sofrer traz sempre uma imensa dor,
Seja por morte, raiva ou amor…
Ricardo Matos
segunda-feira, 2 de janeiro de 2012
Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades
"Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades,
Muda-se o ser, muda-se a confiança;
Todo o mundo é composto de mudança,
Tomando sempre novas qualidades.
Continuamente vemos novidades,
Diferentes em tudo da esperança;
Do mal ficam as mágoas na lembrança,
E do bem, se algum houve, as saudades.
O tempo cobre o chão de verde manto,
Que já coberto foi de neve fria,
E em mim converte em choro o doce canto.
E, afora este mudar-se cada dia,
Outra mudança faz de mor espanto:
Que não se muda já como soía."
Luiz Vaz de Camões
Que mais dizer senão ... INTEMPORAL!
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