sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Por sorte






Vai-se a vida, vem-se a morte
E penso no que se passa com a partida,
Pois é a morte que rima com sorte
E a vida que rima com ida.

Porque temos então tanto medo
Do único suposto certo azar?
O medo é mudo e quedo,
Encaremos a morte com bom ar.

Mas para que esta valha a pena
Pensemos antes em viver,
Para que a hora seja serena

No dia em que possamos morrer.
Os que ficarem não sintam dor forte,
Pensem antes que foi por sorte…



Ricardo Matos