segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

“Amor” sem “amor se paga”


Amar o amado com amor
É de levar o coração ao desgaste,
Pois quem ama é um sofredor
Sabes que sim se foi com fulgor que amaste!

É fogo fátuo no peito
Se sem resposta se ficar
E sei que é de ficar desfeito
Por quem se ama não nos amar!

Mas a vida assim prossegue
Muitas vezes sem direcção
Ao sentires que ninguém te segue

E te alumia o coração!
É amor de que se necessita…
De amor forte que de vida te suscita!




Ricardo Matos

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Público do Blog - Maio de 2010 / Janeiro de 2011 // Public Blog - May 2010 / January 2011


Olá a todos.

Apesar de já estarmos a 21 de Janeiro, aproveito, desde já, para desejar-vos um excelente ano de 2011.

É com muito agrado que verifico que o meu Blog, desde Maio de 2010 (altura a partir da qual há registo de visitas) já recebi 675 visitas ao meu Blog.

Agradeço a todos quantos o lêem, espero que seja mesmo do vosso agrado, tanto os meus poemas, como os poemas dos meus compatriotas que tanto fizeram pela cultura deste lindo país que é Portugal.

Sejam muito bem-vindos, mais uma vez, e peço-vos que comentem sempre que puderem.

Obrigado.

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Hello everyone,

Although we are already on January 21, I take this opportunity to wish you an excellent 2011.

I'm very pleased to see that my blog since May 2010 (the moment from which has notes of visits) has received 675 visits.

Thanks to all who read it. I hope it really pleases you, both my poems, like the poems of my compatriots who did so much for the culture of this beautiful country that is Portugal.

Be welcome, once again, and I ask you to comment whenever you can.

Thank you.

PS: Sorry about my poor english.


Ricardo Matos

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Os Amigos


"Amigos, cento e dez, ou talvez mais,
Eu já contei. Vaidades que eu sentia:
Supus que sobre a terra não havia
Mais ditoso mortal entre os mortais!

Amigos, cento e dez! Tão serviçais,
Tão zelosos das leis da cortesia
Que, já farto de os ver, me escapulia
Às suas curvaturas vertebrais.

Um dia adoeci profundamente.
Ceguei. Dos cento e dez houve um somente
Que não desfez os laços quase rotos.

'Que vamos nós (diziam) lá fazer?
Se ele está cego não nos pode ver.'
- Que cento e nove impávidos marotos!"


Camilo Castelo Branco

Eça de Queiroz


«Estamos perdidos há muito tempo...
O país perdeu a inteligência e a consciência moral.
Os costumes estão dissolvidos, as consciências em debandada.
Os carácteres corrompidos.
A prática da vida tem por única direcção a conveniência.
Não há princípio que não seja desmentido.
Não há instituição que não seja escarnecida.
Ninguém se respeita.
Não há nenhuma solidariedade entre os cidadãos.
Ninguém crê na honestidade dos homens públicos.
Alguns agiotas felizes exploram.
A classe média abate-se progressivamente na imbecilidade e na inércia.
O povo está na miséria.
Os serviços públicos são abandonados a uma rotina dormente.
O Estado é considerado na sua acção fiscal como um ladrão e tratado como um inimigo.
A certeza deste rebaixamento invadiu todas as consciências.
Diz-se por toda a parte: “o país está perdido!”
Algum opositor do actual governo?... Não!»



disse Eça de Queiroz no ano de 1871.

Pessoal ... estas palavras vão fazer 140 anos!!!! Estão actualíssimas!