Pode acabar
o mundo
Que ela
sobra para o universo.
Essa força
do teu fundo
Que me
alimenta cada verso.
Posso há
muito não te ver
E estar
meses sem te falar,
Mas tu
sabes, vais sempre ser,
Presença constante
no meu pensar.
Cenas há que
eu me recordo,
Quer pra
rir, quer pra chorar,
E acredita
que se acordo
E te vir eu
vou corar.
Por mais
mulheres que possa ter
Ou celibato
até jurar
É sempre a
ti que te vou ver
E eternamente
amar.
Encham-se os
mares, caiam os montes,
Fiques sozinha
até no mundo,
Que pra onde
quer que apontes
Lá estarei,
juro, eu não sucumbo.
Diz-me
apenas que me amas
Mesmo que
nunca mais te veja
E entre
felicidades e dramas
Essa é no
topo do bolo a cereja.
Aqui me
deixo então rogado
Perante todo
o teu esplendor,
Que deste
ser, enfim, malogrado
Levaste todo
o seu amor.
‘Bereshith’
Ricardo Matos