terça-feira, 28 de agosto de 2012

“Amor de Perdição”





Sabes? Eu Camilo não sou
E só vermelho eu vou ficar,
Pois irei logo ruborizar
Ao ver quem me encantou.

Espero que deste livro gostes
Que fala de difícil amor.
História linda, mas por favor,
Já assim não são por estas hostes.

Dá-me a tua opinião
Sobre esta linda história,
Que por tudo atingiu a glória.
Fala-me com o coração.



Ricardo Matos

Para P.

terça-feira, 21 de agosto de 2012

Noite de praia





Pés na areia,
Cheiro a algas,
Maresia a entranhar-se no corpo.

Noite.
O mar segreda-me uma sensação maravilhosa
E deliro ao ouvi-lo.

Estou só!
Só, fisicamente porque te trago comigo.
Na minha cabeça não te abandono
E desejo-te aqui.

O mar segreda-me, e sabes que mais?
Tu ias querer ouvi-lo!

Vens?
Um beijo meu amor…




Ricardo Matos

sábado, 11 de agosto de 2012

Uma forma de falar




Caí em desgraça!
Dou comigo a olhar-te sem amanhã
E encantado com a tua graça
Não sei se é sonho de que acorde de manhã.

Já viste o que fizeste?
Olhaste de soslaio e sorriste
E um “olá” foi tudo o que disseste
E nem sei se como eu já caíste!

É uma desgraça engraçada
E só assim a chamo por não contar
Que teria esta sensação tão desequilibrada

Só por para ti olhar…
Mas posso dizer-te que adoro
E só em pensá-lo já coro.



Ricardo Matos

Para P.

terça-feira, 7 de agosto de 2012

Musa




Preto sedoso … branco brilhante,
Não sei por onde ando,
Mas estou radiante
Com o que vou encontrando.

O que é agora? Shiiiuu!
Ah! Uma deliciosa melodia
Como nunca se ouviu
Num qualquer outro dia.

Mas onde é que estou?
Deixa-me lá afastar
E ver por onde vou.

Como não te consegui olhar?
Nunca antes uma musa
Me pôs a visão tão difusa!



Ricardo Matos

Para P.

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Para sempre



Pode acabar o mundo
Que ela sobra para o universo.
Essa força do teu fundo
Que me alimenta cada verso.

Posso há muito não te ver
E estar meses sem te falar,
Mas tu sabes, vais sempre ser,
Presença constante no meu pensar.

Cenas há que eu me recordo,
Quer pra rir, quer pra chorar,
E acredita que se acordo
E te vir eu vou corar.

Por mais mulheres que possa ter
Ou celibato até jurar
É sempre a ti que te vou ver
E eternamente amar.

Encham-se os mares, caiam os montes,
Fiques sozinha até no mundo,
Que pra onde quer que apontes
Lá estarei, juro, eu não sucumbo.

Diz-me apenas que me amas
Mesmo que nunca mais te veja
E entre felicidades e dramas
Essa é no topo do bolo a cereja.

Aqui me deixo então rogado
Perante todo o teu esplendor,
Que deste ser, enfim, malogrado
Levaste todo o seu amor.

‘Bereshith’



 Ricardo Matos