quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Para sempre



Pode acabar o mundo
Que ela sobra para o universo.
Essa força do teu fundo
Que me alimenta cada verso.

Posso há muito não te ver
E estar meses sem te falar,
Mas tu sabes, vais sempre ser,
Presença constante no meu pensar.

Cenas há que eu me recordo,
Quer pra rir, quer pra chorar,
E acredita que se acordo
E te vir eu vou corar.

Por mais mulheres que possa ter
Ou celibato até jurar
É sempre a ti que te vou ver
E eternamente amar.

Encham-se os mares, caiam os montes,
Fiques sozinha até no mundo,
Que pra onde quer que apontes
Lá estarei, juro, eu não sucumbo.

Diz-me apenas que me amas
Mesmo que nunca mais te veja
E entre felicidades e dramas
Essa é no topo do bolo a cereja.

Aqui me deixo então rogado
Perante todo o teu esplendor,
Que deste ser, enfim, malogrado
Levaste todo o seu amor.

‘Bereshith’



 Ricardo Matos

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