segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Portugal cego, mas que vê


Foste pátria invejada
Pelos feitos que tiveste,
Numa Terra alargada
De sentimentos agrestes.

Quando a 12 começámos
Muitos heróis haviam passado
Pela História que marcámos
Com futuro traçado.

E assim foste evoluindo
Com cantores e guerreiros
Que iam ganhando e traduzindo
Várias vitórias em muitos terreiros.

E em tempos tudo perdeste,
Muita coisa ficou para trás.
Os papéis tu inverteste
E tomaste decisões más.

O povo as costas te voltou
Louvando-te sempre seu nascimento.
Mas por ti de lutar deixou
Gozando-te apenas escasso momento.

Todos dizem que está mal,
Esta e aquela decisão.
Mas a ti, meu Portugal,
Vão-te construindo o caixão.

O que nunca foste te desejam
Os teus filhos, de zangados.
Espanhóis que todos sejam
Todos esses desesperados.

Uns só alimentam egos,
Outros só protestam no café.
Este Portugal cheio de cegos
E que ao mesmo tempo vê.



Ricardo Matos

1 comentário:

life with art disse...

Olja Ricardo, já não sei quem vê!!!!
Se qem tem um olho é rei, ou se vemos o queremos.
Aí, eu via de certeza gente honesta, até os Mais de Eça estão actuais.
Triste País, com tão maus governantes!
Ao menos que lessem!
Um beijo
Conceição